quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Dê um toque pessoal à iluminação da sua casa

Está atrás de dar um toque especial à decoração da sua casa e sem gastar muito? Que tal investir numa iluminação diferente? A blogueira Vivi Visentin, do Decorviva, mostra como transformar uma cúpula de abajur sem graça numa peça pra lá de charmosa. E o melhor: em poucos minutos. Para customizar a luminária, o primeiro passo é ir atrás de imagens em sites de busca que tenham a ver com a casa e o dono. Achadas as imagens, imprima na sua impressora pessoal e recorte-as pelo contorno. Daí, é só colar uma a uma na sua cúpula e depois passar por cima uma mistura de cola branca e água para dar uma selada final.
Caso deseje ainda incrementar a peça, passe uma mão de tinta bem aguada sobre a cúpula para mudar o aspecto mais antigo. Feito isso, em pouco tempo o abajur está “de cara nova e prontinho para iluminar sua casa. Em todos os sentidos!”. E Vivi ainda dá uma dica.
“Em quartos infantis, experimente usar imagens de robôs, planetas ou animais. Para adolescentes, utilize histórias em quadrinhos, guitarras, pranchas de surf ou flores. Para adultos descolados, aposte em instrumentos musicais, bonecos de toy art, cadeiras de design ou azulejos portugueses. Pode apostar que todas ficarão o máximo!”

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Crédito imobiliário cresce menos pela 1ª vez em 2011

O crédito para construção e aquisição de imóveis continua em elevação no País, mas registrou uma leve desaceleração em setembro, quando foram emprestados R$ 184,675 bilhões. O valor é 2,24% maior que os R$ 180,627 bilhões contabilizados no mês anterior. Entretanto, foi a menor variação mensal registrada no ano, segundo dados do Banco Central (BC). Entre janeiro e agosto, as elevações mensais oscilaram entre 2,7% e 3,8%.

Na avaliação dos especialistas, ainda é cedo para apontar uma tendência de desaceleração no mercado de crédito imobiliário e fatores que contribuíram para o crescimento em menor escala. O coordenador do curso de pós-graduação em negócios imobiliários da Fundação Armando Álvares Penteado (Faap), Ricardo Gonçalves, esclarece que a variação pode ser pontual. “O ideal é esperar um pouco, entre dois e três meses, para saber como o crédito vai se comportar.”
Para o professor de finanças da Escola de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP), Samy Dana, a situação pode estar relacionada ao recuo das vendas de imóveis, além do cenário de incertezas na Europa. “Os bancos captam recursos de longo prazo no exterior e a dificuldade na Europa pode afetar o crédito aqui.”
Em relação às vendas, a Região Metropolitana de São Paulo acumula 33.804 unidades novas vendidas nos oito primeiros meses do ano, um número 19% abaixo das 41.722 unidades vendidas no mesmo período do ano passado.
Já o economista-chefe do Sindicato da Habitação (Secovi-SP) Celso Petrucci não vê tendência de redução pelo menos nos próximos meses. Segundo Petrucci, a greve dos bancos, que começou dia 27 de setembro, pode ter impactado o mercado e o registro de crédito abaixo do esperado.
Quem tem planos de adquirir um imóvel precisa pesquisar tanto as condições do crédito quanto o valor que vai pagar pelo imóvel. As taxas de juros variam de acordo com o tipo de contratação, preço da unidade e perfil do cliente. “É importante verificar se o valor a ser pago não é maior do que ele realmente vale”, destaca Dana.
Imóveis mais caros – Gonçalves afirma que o preço do metro quadrado dos imóveis não é condizente com a realidade em alguns lugares de São Paulo. Isso ocorre porque existe uma expectativa muito grande de preços por parte das incorporadoras e construtoras dos imóveis novos, que também acaba refletindo no mercado de usados.
Só em São Paulo, o preço médio dos imóveis anunciados já subiu 20,9% de janeiro a setembro, conforme o índice FipeZap.
Na opinião de Gonçalves, em dois ou três anos os preços tendem a se enquadrar mais à realidade. “Quem pensa em comprar agora precisa pesquisar muito e talvez até escolher um outro bairro diferente do que desejava com preços mais competitivos”, afirma o coordenador da Faap.
O professor da FGV ainda lembra que o consumidor não pode esquecer dos custos extras além do valor do imóvel, como pagamento do Imposto sobre Transmissão de Bens e Imóveis (ITBI), taxa de registro do contrato no Cartório de Registro de Imóveis e taxa de avaliação do imóvel, por exemplo. Em alguns casos, o imóvel usado pode precisar de reforma ou o apartamento novo de piso e outros materiais de acabamento.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Faça a conta certa antes de comprar a casa própria

(Foto: Divulgação)
É preciso reservar uma parte do orçamento para os gastos com decoração (Foto: Divulgação)
Ter um teto para morar é, sem dúvida, o sonho de muitos. Mas para que esse sonho vire meta é preciso organizar as despesas domésticas antes de bater o martelo e fechar o negócio. Atenção é fundamental neste momento, pois além do financiamento, a aquisição de um imóvel envolve outras cobranças, como o Imposto de Transmissão de Bens Intervivos (ITBI) e o registro no cartório de imóvel, que podem custar até 5% do valor do bem.
Especialistas esclarecem que a situação cadastral da pessoa conta muito nesta hora. Alguns clientes possuem desconto enquanto outros não. Mas no geral, o montante usado para a escritura fica mesmo dentro dos 5% do valor total da transação.
É preciso ainda reservar uma parte do orçamento para os gastos com decoração e possível reforma do imóvel. Decoradores estimam que essa despesa possa custar até 20% do valor total do imóvel. Ou seja, num apartamento de R$ 200 mil, chuveiro, luminárias, piso, móveis e outros detalhes da decoração vão custar aproximadamente R$ 40 mil para o proprietário, que tem ainda que arcar com as parcelas mensais do financiamento.
Por isso, para evitar surpresas e iniciar o negócio com o pé direito, leia atentamente os tópicos adiante com todos os custos envolvidos na aquisição da moradia e analise se chegou a hora de investir na casa própria.
Compromisso de venda e compra - Depois de decidir que irá comprar o imóvel, o primeiro passo é assinar e registrar em cartório o Instrumento Particular de Compromisso de Venda e Compra. Se estiver inclusa neste documento alguma minuta que você discorde, converse com o corretor. É importante esclarecer que todas as cópias e documentos autenticados e reconhecidos serão pagos pelo interessado no imóvel.
Documentos - Para solicitar o resgate do FGTS e dar entrada no financiamento, é preciso entregar para o corretor os documentos solicitados pela CEF (Caixa Econômica Federal) e pagar aproximadamente R$ 500 para montagem da pasta e entrega do dossiê à agência bancária.
Sinal – Será necessário dar um sinal para o vendedor do imóvel. A quantia varia segundo o combinado entre as partes. Mas não se preocupe, esse valor será abatido do custo total do imóvel, funcionando como uma espécie de ‘entrada’.
Entrevista – Após a entrega dos documentos e a vistoria da caixa no imóvel, será agendada entrevista na Caixa para averiguar a quantia existente no fundo, conhecer as modalidades de financiamento (SAC ou Tabela Price) e tirar todas as dúvidas sobre a aquisição do bem. Neste dia serão desembolsados R$ 350 pela inspeção e resgate do FGTS.
Assinatura – Chegou o dia de fechar o negócio, assinar um calhamaço de papéis e desembolsar tudo o que você guardou para materializar este sonho. O mais alto serão os 5% do valor do imóvel destinado ao ITBI e ao registro do imóvel no cartório, que vão ser entregues em dois cheques para o corretor ou outro profissional responsável por levar todos os documentos firmados nesta data até o cartório. Para se ter uma ideia, no caso de um imóvel negociado a R$ 240 mil, R$ 4.800 é destinada ao pagamento do ITBI e R$ 4.350 ao registro em cartório. Além disso, o restante do valor da entrada deverá ser entregue ao vendedor. E para finalizar, é preciso pagar para Caixa R$ 600 pela emissão de documentos e serviços prestados.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Reflexo de bom gosto


Usar espelhos para criar composições interessantes dentro de casa é técnica antiga da decoração. Saiba como essa peça pode favorecer os ambientes, conferindo charme ao lar.
Para a arquiteta Ana Flávia Mendonça, uma dica importante é evitar o uso em espaço onde há incidência direta de sol, pois o resultado pode incomodar mais que embelezarEles ampliam, clareiam e dão certo glamour aos ambientes. E é por isso que não é de hoje que os espelhos fazem parte da casa. Mas, para usá-los, é preciso cautela. As dimensões ideais, os cômodos em que podem ser colocados são só alguns fatores a serem considerados antes de instalá-los. Pragmaticamente, a função do espelho é refletir a luz que incide sobre ele. Assim, é formada a imagem do objeto colocado à frente. Mas esse objetivo é muito limitado em vista das possibilidades práticas do objeto. “Em uma casa, ele é muito utilizado para causar o efeito ilusionista de ampliação dos ambientes pequenos”, explica a arquiteta Giselle Madeira.
Além de fazer com que os cômodos pareçam mais espaçosos, tem como vantagem trazer mais luz, requinte e sofisticação, de acordo com a arquiteta Milene Donato. “Sempre usei espelhos, pois considero um curinga na decoração. Além de aumentar visualmente os espaços, têm a vantagem de ser uma decoração fácil e de preço acessível.”
Versáteis, conforme o modelo, podem ser trocados de lugar e são boas alternativas para esconder pequenas imperfeições nas paredes ou na construção. “Uma coisa a ser bem estudada é, obviamente, o local, para que não ofereçam riscos em caso de quebra”, ressalta Milene.
Conferir aconchego, leveza, charme e sofisticação são outros atributos dos espelhos destacados pela designer de interiores Cláudia Valesca. “São infinitas as vantagens, mas exige bom senso do profissional, pois pode pesar na harmonização. Por isso, muito cuidado na proporção e posicionamento. Se estiver disposto de forma inadequada e com muita luz, haverá muito brilho e sensação de excesso visual”, alerta.
Por tudo isso, a arquiteta Ana Flávia Mendonça diz que os espelhos são poderosíssimos na decoração e estão sempre em alta, pois deixam o ambiente muito mais sofisticado. Além disso, podem ser usados como objetos requintados na decoração. Mas há algumas restrições. “Evite o uso de espelhos em espaços onde tenha incidência direta de sol, pois podem incomodar mais do que decorar”, exemplifica.
Outro cuidado é com a escolha do local onde eles ficarão, pois, dependendo do caso, a imagem refletida neles pode comprometer a decoração. “Não podemos esquecer que ele reflete tudo o que está à sua frente. Dê sempre preferência aos lugares que possam refletir objetos e imagens bonitas do ambiente”, indica Ana Flávia.
Com relação ao espaço em que podem ser colocados, praticamente não há restrição, como explica Milene. “Nos quartos, são úteis na hora da escolha do visual. No estar, podem conferir sofisticação; na sala de jantar, multiplicar os assentos; e, nos banheiros, são imprescindíveis e nas cozinhas.”
Giselle Madeira confirma os ambientes em que eles são empregados, inclusive as cozinhas planejadas. Nesse caso, o espelho é colocado nos vidros refletivos do mobiliário. “Fica muito bonito, porém necessita de um cuidado maior para estar sempre limpo por ser cozinha”, lembra a arquiteta.

INTEGRADOS

Outra dica interessante dos especialistas e usar os espelhos aplicados em móveis como mesas de centro e aparadores, ajudando a criar efeitos interessantes. Nos quartos, eles também podem ser usados para revestir as portas dos armários, segundo Milene Donato. No estar, basta pôr um de grandes dimensões no chão, encostado em uma parede. “Cria um efeito imponente. Na sala de jantar, se posicionarmos a mesa encostada numa parede espelhada, teremos os assentos duplicados”, informa. Eles são muito utilizados, ainda, em portas de correr dos armários, principalmente dos quartos, como indica Ana Flávia Mendonça. Colocados nas laterais da cama, marcam a cabeceira e também ampliam o ambiente, conforme explica a arquiteta. “Eles também podem servir como objeto de arte e substituir os quadros na decoração da casa”, sugere.
Não existe uma regra para o uso do espelho, mas é preciso ficar atento ao planejamento do ambiente. Escolha do estilo, tamanho, modelos e a cor do espelho devem estar de acordo com o espaço e em harmonia com os objetos e detalhes, para evitar que fique com aparência muito poluída.

Cozinha ganha ares sofisticados em 20 dias e por R$ 20 mil

O azul daquela cozinha não combinava com o estilo do dono, um amante da culinária. Como não queria ficar muito tempo sem o seu cantinho preferido da casa, deu 20 dias para o arquiteto repaginar todo o ambiente. Para cumprir o combinado, Thoni Litsz, o encarregado do projeto, fez uso de técnicas alternativas para evitar o quebra-quebra e de materiais que pudessem dar ares sofisticados à nova ambientação.
Para começar, os azulejos foram todos pintados com tinta epoxi branca fosca. Mas, se a ideia era dar um tom mais chique para a cozinha, Litsz precisou lançar mão de outros revestimentos. Aproveitou, então, a troca da tubulação para cobrir a parte quebrada com um material mais refinado.
“A mistura de técnicas alternativas com peças mais sofisticadas pode dar um resultado moderno e leve ao ambiente. Foi por isso que usei pastilhas brilhosas pretas, em alguns trechos da parede, para criar uma luminosidade especial.”
A bancada de pedra de mármore preto completou o cenário da ambientação. Foi acompanhada pela pintura cinza em degradé em parte da parede de azulejos. E a iluminação deu destaque ao lugar de preparo dos quitutes num espaço dedicado aos bate-papos dos amigos e dos curiosos, que gostam de acompanhar as receitas.
Depois de toda essa mudança no ambiente, que custou ao todo R$ 20 mil, incluindo os armários, em abril de 2010, fica a pergunta: por que o uso do preto em um espaço ligado diretamente à higiene?
“O preto é uma cor ousada e sofisticada. Um contraste quando se pensa na cozinha antiga, azul. E esse era o meu objetivo. E o preto, ao contrário do que alguns possam pensar, é uma ótima cor para a cozinha. Ela é melhor de se limpar do que o branco”,  afirma Litsz.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Construções antigas podem ter suas características originais melhoradas para agregar valor ao imóvel


Pontuar objetos de desenho limpo no ambiente planejado ajuda a dar charme na busca de equilíbrio entre os estilos As construções antigas exalam charme e beleza. Edificações das décadas de 1940 e 1950, por exemplo, marcaram época e são referência na arquitetura moderna. Mas esses clássicos podem ficar ainda melhores quando ganham nova roupagem, combinando técnicas e objetos de decoração modernos. Mesmo assim, muita gente acaba abrindo mão das características marcantes desse tipo de edificação por temer que o lar fique com aspecto antiquado. Mas, é possível manter as peculiaridades sem abrir mão dos recursos mais modernos de decoração e design. Assim, o cantinho da família fica personalizado, aconchegante, charmoso e com história para contar.
Para renovar conjugando o antigo com o novo de forma harmônica, a arquiteta Marina Dubal diz que é importante saber quais são as características marcantes do estilo de época presentes no imóvel. “Tacos, ladrilhos antigos, forros, gradis, entre outros, são detalhes antigos que podem conferir muito charme e personalidade a um ambiente, integrando arquitetura e interiores”, observa a arquiteta.
Saiba mais...
Como se trata de materiais muito antigos, é necessário considerar o que pode ser aproveitado ou descartado. “Nessa etapa, é muito importante o acompanhamento de um profissional para avaliar o que deve ser revitalizado e o que deverá ser renovado ou substituído”, reforça Marina.
A designer de ambientes e móveis Roberta Seabra diz que é muito comum a reforma de edificações antigas preservando os traços originais com toques contemporâneos. “Nesse caso, é necessário avaliar o que pode ser mantido ou tratado para assim planejar o que pode ser feito para tornar o ambiente aconchegante, com um ar mais moderno”, reitera.
A história contada pelo antigo e a possibilidade de criar espaços onde as peças trazem referências e recordações é algo maravilhoso, na opinião da decoradora Dênia Diniz. “Pontuar objetos antigos em meio aos novos é interessante, desde que haja equilíbrio na composição”, considera Dênia.

A arquiteta Marina Dubal diz que o primeiro passo é identificar aspectos marcantes do estilo de época do imóvel (Eduardo Almeida/RA Studio)
A arquiteta Marina Dubal diz que o primeiro passo é identificar aspectos marcantes do estilo de época do imóvel
De acordo com a decoradora, uma boa sugestão para obter esse equilíbrio é harmonizar peças mais pesadas com objetos de desenho limpo. O resultado dessa aposta é uma valorização do design e da história das peças. “Dando-se destaque a elas em meio a uma base mais neutra”, acrescenta Dênia.
Para conseguir a harmonia entre o antigo e o novo não há regras, conforme o arquiteto João Carlos Moreira. “O equilíbrio que vem do contraste é uma constante no nosso trabalho: claro escuro, rústico e polido, velho e novo, clássico e moderno. Conseguir isso nem sempre é fácil”, reconhece.
MOTIVAÇÃO
Mas esse desafio pode ser muito instigante. Para o arquiteto, é sempre muito interessante encontrar um espaço antigo com uma arquitetura interessante ou detalhes de estilos passados e remodelá-lo. “Projetar um espaço atual mas respeitando a historia existente, seja no projeto ou nos materiais usados na construção, como pisos de madeira, tacos, parquet, azulejos ou mármores importados, janelas e portas em madeira, ou ferro e vitrô”, enumera João Carlos.
Fazer uma casa moderna, contemporânea, usando na decoração ou nos acabamentos peças de época, também é válido, segundo a designer de interiores Maria Tereza Terence. “Nos dois casos, é muito importante estabelecer critérios antes de projetar, para criar ambientes harmônicos, charmosos, que contam historias, mas não tentam ser antigos, uma cópia do passado”, ressalta. Para ela, os ambientes, assim como as pessoas, têm de ser verdadeiros. “Ou seja, mostrar de que época são, sem tentar parecer o que não são. No caso de peças ou das construções, o antigo é a base, mas o clima final é dado pelo novo. Assim, chegamos em ambientes elegantemente diferenciados”, comenta.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Masterplan permite uso planejado do terreno

"O planejamento tem como princípio organizar e priorizar as ações, bem como eliminar ou reduzir as potenciais falhas" - Sergio Myssior, diretor de meio ambiente do Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB-MG)
O rápido crescimento registrado nos últimos anos em diversas capitais e suas regiões metropolitanas, como Belo Horizonte, fez com que a malha urbana expandisse, chegando a áreas que, até pouco tempo, eram predominantemente rurais. Com isso, até mesmo fazendas se viram acuadas pela urbanização frenética e começaram a ser parceladas para dar vazão a novos empreendimentos.
De olho nesse mercado, os proprietários de grandes terrenos passaram a investir em masterplans de suas glebas, ou seja, estudo vocacional de grandes áreas, pela grande valorização agregada ao terreno para comercialização, conforme o diretor da Torres Miranda Arquitetura, Júlio Tôrres. Outro motivo apontado pelo arquiteto para a aposta no método é a possibilidade de fazer um diagnóstico completo de como o lugar poderá ser utilizado de forma adequada.
O masterplan possibilita traçar diretrizes de ocupação futura da área. Para chegar ao resultado, é feito inicialmente um diagnóstico do terreno, com estudo das legislações pertinentes, cruzamento com planos governamentais e avaliação do potencial da região.
Feita a análise desses dados, é gerado um plano de ocupação e uso da área, que determina o potencial de venda, ou seja, qual o valor que os empreendimentos implantados no terreno podem gerar. Com esses dados, o proprietário da área pode negociá-la individualmente ou mesmo em seu todo, segundo Júlio.
Saiba mais...
O arquiteto acrescenta que, em seu conceito urbanístico, o estudo refere-se a um plano geral de ocupação de uma área em que são definidos os usos para cada setor, estabelecendo-se diretrizes para implantação de empreendimentos no local. “Também pode ser chamado de plano diretor. Porém, essa terminologia vem sendo abandonada, para não ser confundida com os planos diretores das cidades”, esclarece.
Júlio reconhece que, em ambos os casos, os objetivos são semelhantes. O que varia é apenas a extensão da área estudada. “Da forma como vem sendo utilizado o termo, masterplan tem um viés voltado para negócios e o plano diretor para políticas públicas urbanas.”
RESULTADO
Arquiteto, urbanista, diretor de meio ambiente do Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB-MG), membro do Grupo de Empresas Mineiras de Arquitetura e Urbanismo (Gemarq) e diretor da Myr Projetos Sustentáveis, Sergio Myssior ressalta que masterplan ou plano diretor é a definição de um caminho a ser percorrido para que se alcance um ou vários objetivos. “É parte integrante do processo de planejamento, no qual se busca avaliar anteriormente, ‘no papel’, todas as variáveis que poderão interferir para que se chegue a um determinado resultado.”
De acordo com Sergio Myssior, “o planejamento tem como princípio organizar e priorizar as ações. O objetivo é, também, eliminar ou reduzir as potenciais falhas, canalizando as energias para os objetivos propostos”.

Confira três dicas práticas para renovar a decoração da sala de jantar

A sala de jantar costuma ser o ambiente reservado para ocasiões especiais, por isso, esse espaço merece muita atenção na hora de decorar. Seja qual for o estilo da sala, clássico ou casual, com algumas pequenas mudanças é possível atualizar o ambiente de forma bem rápida, prática e sem sujeira.
Segundo a arquiteta Patrícia Coelho, do Ateliê Revestimentos, misturar estampas de papel de parede é uma das formas mais fáceis de renovar e dar personalidade ao ambiente. Mas, para não errar e tornar a decoração pesada, algumas regras devem ser seguidas na hora de escolher os papéis de parede. “Para deixar a decoração harmônica, as cores e traços do papel de parede devem ser semelhantes. Você pode combinar papel com estampa floral com outro listrado ou com textura, desde que as listras ou a textura tenham as mesmas cores ou tons semelhantes às flores”.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Construtoras liquidam imóveis

Comprar apartamento na capital com desconto. Essa é a nova realidade do mercado imobiliário paulistano, que já apresenta sinais de desaquecimento. No ano passado, de 100 unidades colocadas à venda, 23 eram tinham comprador no período de um mês, segundo o Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP). Atualmente, 16 são comercializadas. O cenário impulsiona os descontos oferecidos pelas construtoras na compra de imóveis na cidade, que podem chegar a 36%.
Claudio Tavares de Alencar, professor do núcleo que analisa o mercado imobiliário da Escola Politécnica da USP aponta o motivo dos descontos. “A empresa vende menos e acaba ficando com unidades encalhadas e é comum que faça promoções temporárias. É uma oportunidade para o comprador, que tem, porém, de analisar se os custos com impostos e condomínio compensam.”
Para Flávio Prando, vice-presidente de habitação Secovi, o que motiva as promoções é o fato de as construtoras terem ações na Bolsa de Valores e metas para cumprir. “As metas são do final do ano passado, e o cenário mudou.”
Ofertas – A Even realiza a promoção Mega Sonho. São 30 empreendimentos em diversas regiões. Entre as opções, em construção ou prontas para morar, um apartamento na Mooca, na zona leste da capital, anunciado por R$ 349,1 mil, foi vendido por R$ 266 mil, uma diferença de 30%. Essas unidades já esgotaram.
Outra empresa que oferece preços menores é a Gafisa, que liquida unidades remanescentes de 20 empreendimentos na Grande São Paulo, cobrando o preço do metro quadrado de até quatro anos atrás. O preço do metro quadrado de um apartamento pronto para morar no Campo Limpo, que hoje gira em torno de R$ 4,1 mil, é vendido por R$ 2,9 mil, se aproximando do cobrado no final de 2009. “O estoque tem um custo para o incorporador. Não é interessante manter unidades na prateleira. O negócio é desovar”, afirma Érika Fugiwara, gerente nacional de marketing da Gafisa.
As unidades, porém, são limitadas. “São duas a sete unidades em promoção em cada empreendimento. Todos os anos temos campanhas como esta, mas nenhuma foi tão agressiva. Como os preços dos imóveis subiram muito, talvez quem perdeu a oportunidade de comprar há alguns anos consiga fazer isso agora”, diz Érika.
Até o final do mês, quem adquirir um imóvel participante da promoção “13º em dobro” da MRV receberá o valor da renda comprovada, até o limite de R$ 3 mil reais, em desconto.
“A maioria dos imóveis que participam destas campanhas têm valor maior ou estão localizados em andares mais baixos. Atualmente, unidades mais baratas com descontos são menos comuns. Isso porque o mercado ainda está aquecido, pois o crédito continua farto”, diz Prando, do Secovi.

Condomínios podem ser obrigados a instalar telhado ecológico

Está em análise na Câmara dos Deputados uma proposta que obriga os condomínios verticais com mais de três unidades agrupadas a instalar o chamado “telhado verde” em suas coberturas. O Projeto de Lei 1703/11 é de autoria do deputado Jorge Tadeu Mudalen (DEM-SP).
No texto, telhado verde é definido como uma cobertura de vegetação montada sobre a laje de concreto ou sobre a cobertura dos edifícios. O objetivo da medida é melhorar o aspecto paisagístico e o clima local, além de absorver o escoamento superficial de água.
A proposta estabelece que os estados e o Distrito Federal definam as condições e os prazos para a adequação dos condomínios.
O projeto terá análise conclusiva das comissões de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; de Desenvolvimento Urbano; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Venda de imóveis usados aumenta e locação residencial cresce

As vendas de imóveis usados e a locação de casas e apartamentos mantiveram-se em alta pelo segundo mês consecutivo no Estado de São Paulo. As vendas tiveram crescimento de 8,16% e o número de imóveis alugados foi 13,92% maior quem em julho segundo pesquisa feita com 1.471 imobiliárias de 37 cidades pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (Creci-SP).
“Esse comportamento pós-férias de julho dos dois mercados pode ser um indicativo de que a marcha-lenta que se instala na Economia em geral, ainda não chegou com força aos imóveis”, destaca José Augusto Viana Neto, presidente do Creci-SP. Mas ele ressalva que, boa parte das vendas e das novas locações fechadas em agosto, também podem ser “rescaldo de negociações que não foram fechadas em julho, o que inibe apostas em manutenção de crescimento seguro nestes próximos meses”.
Outro estímulo para esse bom desempenho dos mercados de venda e locação foi o comportamento dos preços dos imóveis usados e dos aluguéis residenciais. Em agosto, o Índice Estadual de Preços de Imóveis Usados Residenciais (IEPI-UR/Creci-SP) teve queda de 22,76% em relação a julho. Como o índice é composto por todos os valores de venda e locação levantados pela pesquisa Creci-SP, isto significa que, na média geral dos negócios fechados em agosto, muitos compradores e novos inquilinos foram beneficiados por preços de metro quadrado e aluguéis iniciais inferiores aos de julho.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Parede renovada em poucas horas e com pouco dinheiro

Sabe aquela sua paredinha sem graça? Que a pintura já não está lá essas coisas? Dá para mudar completamente sem muito trabalho e, o melhor, sem gastar muito. E se você é daquelas que sofre diante de tantas novas opções de cores das marcas de tintas, pode comemorar, porque aqui a receita é misturar! Mas não as tintas, os papeis!!!
Isso mesmo. Você não leu errado. Sua parede vai ganhar um belo embrulho para presente. Quem ensina a técnica é o arquiteto Thoni Litsz, em seu site. O segredo é a escolha dos papéis de presente. A quantidade, claro, vai depender do tamanho da parede a ser reciclada. Mas em uma boa papelaria é possível encontrar papéis que parecem ter nascido um para o outro.
“O segredo dessa técnica é deixar a parede úmida com a mistura de cola com água, passar a mistura também no verso do papel e, com o rolinho de espuma também úmido, ir alisando o papel, tirando as bolhas. Caso o papel fique enrugado, descole e cole novamente, com a ajuda do rolinho de espuma”, ensina Thoni.
Siga o passo a passo:
- Depois de escolher os papéis, corte em quadrados ou retângulos. Não é necessário que todos tenham o mesmo tamanho.
- Então, dilua a cola em água (a quantidade das duas deve ser igual).
Thoni passa o rolinho sobre o papel para ajudar a fixá-lo na parede evitando as bolhas
- Passe a mistura de cola e água na parede e no papel e vá colando quadradinho por quadradinho de papel. Para evitar as bolhas, que podem estragar completamente a sua nova parede, e ainda ajudar a fixar o papel, passe um rolo de espuma úmido por cima.
- Depois de todos os quadradinhos de papel colados, passe mais uma mão da mistura de cola e água por cima, e quando estiver tudo seco, uma camada de verniz fosco em spray para ajudar a proteger a parede. E, voilá! Uma parede novinha em folha de presente para você e sua casa.

Projetos com acrílico, cristal e vidro dão o tom na decoração

Quando proferiu a célebre frase “Menos é mais”, o arquiteto Ludwig Mies van der Rohe, considerado um dos maiores do século XX, não se referia a transparências. Mas seu pensamento, sempre atual, também se aplica ao tema desta reportagem. Afinal, a quase invisibilidade do mobiliário e de objetos decorativos confere leveza e simplicidade aos ambientes, e os quatro projetos da 21ª edição da mostra Casa Cor deste ano, nesta página, demonstram isso. Seja por meio do uso de acrílico, vidro ou cristal, a tendência se revela contemporânea. Em alguns casos, é o elemento neutro necessário e serve também para unir peças atuais a ambientes clássicos.
Incumbido de intervir num banheiro art déco, no segundo andar do palacete Linneo de Paula Machado – onde a mostra acontece este ano e ficará até 16 de novembro -, o arquiteto Luiz Fernando Grabowsky procurou preservar ao máximo o estilo original do local. Construído na década de 1930, numa das reformas sofridas pelo palacete, o banheiro ostenta nas paredes cerâmica vitrificada importada, azul-turquesa, e nas pias, cubas de prata de lei. Todos os metais foram polidos e cromados e os mármores, limpos.
Toque contemporâneo a ambientes de época – Junto a um espelho de corpo inteiro, colocado pelo arquiteto numa das paredes, foi encostada a cômoda de acrílico transparente “Ghost buster”, do designer Philippe Starck. À frente dela, uma cadeira feita do mesmo material, também de grife: a “Thalya”, de Patrick Jouin.
“O mobiliário de acrílico, com um design superatual e afinado, não brigou nada com o estilo do banheiro. Eles são, de certa forma, neutros, o que é perfeito para este tipo de intervenção”, diz Grabowsky, que é presidente do Instituto Art Déco do Brasil.
O arquiteto ressalta que sua maior intervenção no banheiro foi forrar o mármore das paredes laterais à banheira com gesso e nele inserir pastilhas, reproduzindo um painel do artista plástico falecido Paulo Werneck, que está no Palácio do Itamaraty, em Brasília.
No cocktail lounge bar, assinado por Jairo de Sender, a mesa de jantar tem tampo de cristal e as cadeiras são de acrílico transparente. Com 2,20 metros, a lâmina fica apoiada em quatro cavaletes de acrílico de cor laranja. Em cima da mesa, arranjos florais de Tuca Loeb dão a impressão de brotarem da mesa. Seguindo o estilo irreverente do arquiteto, o local mescla de tudo: de veludo a patchwork, de acrílico a fórmica.
No teto, uma brincadeira inusitada: molduras antigas de Jaime Vilaseca. Segundo Sender, a ideia da transparência foi não ofuscar as obras de arte do lounge, como as telas de Gil Cabral.
“O mobiliário não concorre com outros elementos, que devem sobressair”, explica Sender, acrescentando que uma decoração deve ser algo atemporal e surpreendente.
Responsáveis pelo jardim de entrada da Casa Cor, Daniela e Sonia Infante projetaram um ambiente contemporâneo, que contrasta com o palacete francês de estilo eclético, mas de forma sutil, sem destoar. O lounge central do jardim tem dois sofás, poltrona, mesa de centro e dois bancos feitos de tela de galinheiro galvanizada, todos da Arteiro. Os futons usados têm tecidos Mucki Skowronsky.
“O palacete é muito pomposo, então nossa ideia foi elaborar uma decoração simples e contemporânea, mas mantendo um diálogo com a arquitetura da construção”, explica Sonia.
Pendendo de um dos galhos de uma árvore, três luminárias chamam a atenção. Elas são lanternas que abrigam lustres, todas peças confeccionadas por Sonia. Dois lustres são de cristal e um, de acrílico. O resultado, diz, é simples e sofisticado, ao mesmo tempo.
“Fiz a adaptação, inserindo os lustres nas lanternas, e acho que ficou interessante tanto para o exterior quanto para o interior de uma casa”, conta Sonia. “Não queria nada que pesasse.”
Na grande varanda do palacete, as arquitetas Angela Frota e Anna Luiza Rothier montaram um jardim contemporâneo. Duas cadeiras “Ghost”, de Philippe Starck, dividem espaço com plantas, um sofá de vime e um aparador de madeira e vidro. Em cima de uma mesinha, cachepôs e cubos de vidro com plantas dão impressão de que o verde está in natura.
“Gosto muito de usar vidro e acrílico, materiais que resistem bem em áreas externas”, diz Anna. “Além disso, as transparências são um bom caminho para mesclar o contemporâneo com elementos de época.”

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Opções práticas para construção e reforma


Para o consumidor que deseja economizar na construção ou na reforma da casa, sem a contratação de um profissional especializado, a Construir Rio 2011 traz uma série de lançamentos na linha “faça você mesmo”, que podem ser usados até por quem não tem conhecimento avançado sobre obras.
Apesar de a feira ser focada na geração de negócios entre profissionais e empresas do setor, os visitantes “leigos” vão conhecer produtos práticos, que em breve serão encontrados nas lojas:
“Nosso público vai de pintores, construtores e mestres de obras a arquitetos, engenheiros e lojistas. Mas é evidente que quem estiver reformando ou construindo tem uma excelente oportunidade de ver tendências”, explica Antônio Júnior, diretor do Núcleo de Construção da Fagga, responsável pela feira.
Entre os lançamentos que prometem facilitar a vida dos consumidores, está uma linha de porcelanato de sobreposição da Incefra, indicada para a aplicação sobre revestimentos antigos. Se você quiser mudar o acabamento da sua casa, basta colar o produto diretamente sobre os pisos ou os azulejos, com a ajuda de um rolo ou uma espátula.
Outra solução prática, que evita sujeira no banheiro, é o vedante de vaso sanitário da Vedavaso. O produto dispensa o uso de cimento para fixar a peça.
A MontFácil traz uma linha de móveis que podem ser encaixados pelos próprios consumidores, com auxílio apenas do manual de instruções. São cerca de 400 opções para decorar e organizar ambientes residenciais, corporativos ou de lazer.
Entre as opções de ferramentas, a Norton apresenta a linha de lixas Advance, indicada, principalmente, para o lixamento manual. O produto estará disponível em embalagem pequena, com duas unidades, ideal para quem precisa fazer pequenos reparos. Outra ferramenta indicada para pequenos consertos é a lâmina de serra.
Por fim, para garantir a segurança dos adeptos ao “faça você mesmo”, a empresa oferece equipamentos de proteção individual. As luvas protegem de agentes perfurantes e cortantes. As máscaras descartáveis são indicadas para quem trabalha em ambientes com grande concentração de poeira, névoa ou fumaça.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

NF-e: prazo para desconto em IPTU vai até dia 30

O prazo para que os paulistanos que ainda têm créditos da antiga Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) indiquem os imóveis que receberão abatimento de até 50% do valor do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) em 2012 vai até 30 de novembro.
 Atualmente, quem pede o documento fiscal e fornece o CPF quando utiliza algum serviço na cidade de São Paulo participa do Programa Nota Fiscal Paulistana, e pode utilizar seus créditos para abater até 100% do IPTU ou optar por depósito em conta corrente ou poupança. Porém, na antiga versão do Programa, quem solicitava a emissão da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) quando utilizava algum serviço na cidade poderia utilizar parte do ISS (Imposto Sobre Serviço) pago pelo prestador apenas para abater até 50% do imposto.
Esses créditos, referentes a notas solicitadas até 31 de julho de 2011, continuam disponíveis para utilização exatamente do mesmo formato anterior: do dia 1º ao dia 30 de novembro de cada ano, o cidadão deverá indicar qualquer imóvel da Cidade que será beneficiado com até 50% de abatimento no IPTU para o ano seguinte. Os créditos são gerados pela emissão de notas fiscais por empresas prestadoras de serviços, como estacionamentos, academias de ginástica, clínica de estética, cabeleireiros, organização de festas e recepções, paisagismo, decoração, oficina mecânica, cartórios, estabelecimentos de ensino e outros.
Para fazer a indicação, basta que o detentor do bônus acesse o site www.nfpaulistana.prefeitura.sp.gov.br e faça o login em sua página personalizada. Lá, o contribuinte pode indicar os imóveis que receberão o abatimento do IPTU, informando o respectivo número de identificação do imóvel, também conhecido como SQL (setor, quadra e lote), que consta na Notificação de Lançamento (NL) do IPTU.
Mesmo quem é isento do pagamento do imposto ou não possui imóvel (inquilino, por exemplo) é beneficiado. Os créditos acumulados poderão ser utilizados para o pagamento do IPTU de qualquer outro imóvel da cidade. A única restrição é que o detentor do crédito e o imóvel indicado não tenham dívidas junto à Prefeitura de São Paulo. No site da Secretaria de Finanças é possível verificar a lista de prestadores de serviços que emitem a nota, além de esclarecer diversas dúvidas.

Sobe o limite de renda para a compra da casa própria

Mais famílias poderão solicitar empréstimos para o financiamento de moradias populares com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço. O Conselho Curador do FGTS elevou o limite de renda mensal de R$ 3.900 para R$ 4.300, válido para municípios com menos de 250 mil habitantes. Para cidades com população maior, como o Rio, o teto passou de R$ 4.900 para R$ 5.400. A nova regra foi publicada no Diário Oficial da União.
Segundo a Resolução 669 do Conselho Curador do FGTS, o aumento do rendimento mensal das famílias brasileiras, sobretudo nas menores faixas, motivou a ampliação do teto.
“A alteração era necessária para alcançar mais municípios do país e incluir mais famílias brasileiras, principalmente aquelas que moram em cidades com população menor do que 250 mil habitantes. Foi um ajuste de renda, não há novas mudanças previstas”, afirmou o secretário executivo do FGTS, Paulo Furtado.
Nas operações de empréstimos e financiamentos com utilização de recursos do FGTS, a taxa de juros aplicada é de até 6% ao ano. A taxa nominal (diferença entre o valor final com juros e o total emprestado) pode ficar em 5% em alguns casos, como nas transações de venda de imóveis novos para pessoas físicas com renda familiar bruta de R$ 2.790,01 a R$ 3.100 por mês.
Três anos – Famílias com rendimentos de até R$ 5.400 por mês poderão usar o FGTS como entrada no financiamento da casa própria, se o titular estiver cadastrado no Fundo de Garantia há pelo menos três anos, consecutivos ou não, com depósito de uma ou mais empresas.
O mutuário também pode abater prestações do financiamento de sua moradia com os recursos do fundo. O valor debitado do FGTS, neste caso, pode ser de até 80% do total da parcela. Mas, se o imóvel negociado tiver sido financiado via FGTS nos últimos três anos, o fundo não poderá ser utilizado novamente pelo mutuário.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Seis multinacionais chegam ao país atraídas por megaprojetos

Atraídas pelos megaprojetos de infraestrutura, seis multinacionais anunciaram nos últimos meses investimentos em fábricas de máquinas pesadas para construção civil no Brasil.
As asiáticas Sany, XCMG, Doosan e Hyundai e as americanas Caterpillar e John Deere deverão investir US$ 1 bilhão até 2013. A aposta no Brasil está correta, diz a consultoria alemã Roland Berger. Estudo publicado neste mês aponta o país como o mercado mais atraente do mundo para o setor, com nota de 4,4 pontos numa escala até 5. Em segundo lugar está a China, com 4,1. Os investimentos federais e privados em infraestrutura corroboram a avaliação.
A Abdib (Associação Brasileira de Infraestrutura e Indústrias de Base) estima que serão R$ 922 bilhões até 2015, o que deve manter a demanda em alta.
O Brasil tem sido visto como a porta de entrada para o mercado latino-americano, cujas taxas de crescimento atraem multinacionais. Para a Roland Berger, a região está entre os mercados "muito atraentes". A proximidade com o restante da América Latina, além de estratégica, elimina custos com transporte e logística, que costumam ser onerosos devido à falta de infraestrutura na região.
"Só o Brasil já é um país de dimensões continentais. O custo com transporte é muito significativo", afirma o vice-presidente-executivo da Abdib, Ralph Lima Terra.
Importação

De acordo com a consultoria alemã, que entrevistou 50 executivos em vários países do mundo, a principal dificuldade do mercado brasileiro para o setor são as barreiras tarifárias e financeiras para importação.

Medidas do governo que estabelecem um percentual mínimo de conteúdo nacional em máquinas a serem financiadas pelo BNDES têm estimulado as empresas estrangeiras a se instalar no país, sob pena de não conseguirem fechar contratos com empresas brasileiras. As barreiras não impediram as crescentes importações de maquinário chinês.
O Brasil, ao lado da Rússia, já é o principal mercado de equipamentos de movimentação de terra, de acordo com o relatório da consultoria britânica EIU (Economist Intelligence Unit).

Construção civil está entre os setores que mais demandam boa mão-de-obra

A demanda por mão de obra qualificada se manterá crescente na indústria paulista até 2015. Esta é a conclusão de estudo inédito realizado pelo Departamento de Ação Regional da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Depar/Fiesp), divulgado em primeira mão ao DCI. Os setores de Veículos, Vestuário e Acessórios, Construção Civil, Produtos Têxteis e Produtos minerais não-metálicos devem ser responsáveis pela maior demanda por profissionais no período. "Fatores relevantes podem ampliar ou diminuir esse crescimento, mas o vetor será positivo", afirma um dos diretores titulares do Depar da Fiesp, Alexandre Serpa.
O setor automotivo, que em 2010 empregava cerca de 280 mil pessoas, segundo dados do Ministério do Trabalho, em 2015 deverá ter mais 419 mil vagas abertas, crescimento de 48%, segundo o levantamento. Os profissionais mais requisitados serão preparadores e operadores de máquinas-ferramenta convencionais - 53 mil, entre reposição e novos trabalhadores -, o que aumenta a percepção de escassez de mão de obra qualificada no setor.
"Um dos gargalos desse nicho pode ser a falta de conexão entre os profissionais recém-formados e a indústria", afirma o coordenador da unidade do Ipiranga-SP do Serviço Nacional de Aprendizado Industrial (Senai), Valdir de Jesus. A escola, assim como outras 27 no Estado, é especializada na formação para o segmento automotivo, preparando cerca de 15 mil alunos por ano. Para o docente, faltam mais oportunidades de criarem pontes entre alunos e empresas. "A indústria precisa perceber que os profissionais não estão prontos. Há que se focar no potencial", acredita o professor.
Os setores de vestuário e acessórios e o de produtos têxteis ocupam respectivamente o segundo e o quarto lugar no crescimento da demanda por trabalhadores. Vestuário, que no ano passado empregava 180 mil, poderá ter 240 mil funcionários em quatro anos, ampliando em 32% sua mão de obra, sendo necessários 31 mil operadores de máquina de costura para suprir a demanda. Já as indústrias têxteis, que no último levantamento davam ocupação direta a 117 mil pessoas, deverão ter 147 mil vagas em 2015, ou um crescimento de 26%, com 13 mil postos para alimentadores de linha de produção.
"O crescimento do País e do investimento no setor provocou um aumento do nível de tecnologia e gestão, mudando o perfil de qualificação da mão de obra", relata Fernando Pimentel, diretor superintendente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit). "Há uma perspectiva expressiva de crescimento no consumo, a incógnita é quem será o fornecedor", afirma, referindo-se à crescente entrada de importados no País.
A construção civil, setor da indústria que mais emprega no País, passará de 660 mil trabalhadores para 860 mil no período analisado, um crescimento de 30%. Haverá 56 mil novas vagas para ajudantes de obras civis e 33 mil para trabalhadores de estruturas de alvenaria. "Na indústria de material de construção há uma procura grande por operários, engenheiros e chefes de equipe. Com isso, há uma busca permanente para repor mão de obra ou suprir a demanda para expansão, provocando elevação nos salários, o que onera o custo de produção", afirma Walter Cover, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat).
O quinto setor que deverá ter maior crescimento na demanda por mão de obra até 2015 será o de produtos minerais não-metálicos, que de 112 mil vagas em 2010 elevará seus postos para 140 mil, ampliação de 24%. Os profissionais mais procurados serão os ceramistas e operadores de equipamentos de fabricação e beneficiamento de cristais, vidros, cerâmicas, porcelanas, fibras de vidro, abrasivos e afins, com necessidade de 17 mil e 4 mil profissionais, respectivamente, para suprir a demanda. Mas ainda existe um amplo déficit em diversos segmentos de mineração.
"O grande problema do nosso setor é a qualificação da mão de obra", afirma o coordenador do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), na Divisão da Amazônia, André Reis. Outro obstáculo apontado por ele é a falta de profissionais que estejam dispostos a atuar no interior. "Não há minas localizadas no meio das grandes capitais", destaca Reis.
Para o coordenador do Centro Universitário Monte Serrat (Unimonte), de Santos (SP), Juarez Fontana, por muitos anos houve uma diminuição expressiva na demanda de profissionais no setor de mineração. Recentemente, com o retorno da importância da Vale e do segmento de petróleo e gás, ocorre uma escassez de mão de obra, principalmente de geólogos e engenheiros. "Hoje esses cursos são muito segmentados para meio ambiente e deixam de lado a formação mais abrangente", diz Fontana. Ele coordena o curso de Geologia da Unimonte, um dos únicos do Brasil.
"A única maneira de resolver o problema de escassez é qualificar, capacitar e valorizar a mão de obra. Isso permite ganhos de produtividade: o mesmo universo de mão de obra produz mais", afirma o presidente da Abramat. A opinião parece ser unânime entre os setores. O diretor da Abit elogia a iniciativa do Governo Federal de valorização do ensino técnico. "É preciso desmistificar que o único curso que presta é o universitário, às vezes um profissional de nível médio tem um desempenho muito melhor no mercado de trabalho", acredita Pimentel. Ele elogia a iniciativa de uma linha de financiamento para que empresas possam obter recursos para qualificar pessoas já integradas ou que vão entrar no mercado de trabalho, prevista no Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec).
O representante da Fiesp fala dos investimentos na educação em âmbito mais amplo. "É necessária uma análise mais profunda do ensino básico, de forma a enriquecer o potencial do trabalhador no futuro", diz Serpa. Além disso, ele cita a necessidade de uma maior aproximação entre setor empresarial e governo na definição de políticas públicas, de maneira a melhorar o aproveitamento dos recursos disponíveis.
O estudo do Depar/Fiesp já levantou a demanda de 13 setores até 2015. Em seu lançamento, previsto para março de 2012, serão 23 setores analisados.